quarta-feira, 28 de outubro de 2009

LI.TER.ATO Organic chega ao mercado


A coleção ORGANIC do LITERATO chegou ao mercado, no final de setembro, muito bonita. Não só pela arte de Turla Alquete, especial para cada peça, mas também pelo propósito.
É uma linha de produtos que recebeu o selo NOW (Natural Organic World). Reconhecido internacionalmente, este selo garante que a peça chega a você com menos de 1% de agentes químicos.
O algodão puríssimo, de alta qualidade é totalmente orgânico, cultivado por uma cooperativa de agricutra auto-sustentável.
Todos os corantes são naturais (e não desbota, não tenham medo).
A nova embalagem, personalizada, mostra pela primeira vez uma ilustração de Manoel Affonso e é toda de papel reciclado.
Cada peça vai acompanhada de um brinde, que é um espelhinho. Transformamos o que seria lixo em arte. Eram cacos perdidos e agora são cartõezinhos com uma linda mensagem e com a função de espelho. Assim, contribuímos para reduzir o acúmulo de chumbo que seria desprezado na natureza.
É a Arte unindo Moda e Meio Ambiente, de verdade.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O mundo de Woodstock e do homem na Lua

Nosso poeta maior, Manoel Affonso de Mello, fala à TV Globo do que aconteceu no mundo nos anos 60.
 

Para assistir, clique aqui.

Há 40 anos o homem pisava na lua e em Woodstock caminhava para Dentro de si.

Parte I: A Guerra Fria, a Corrida Espacial e a Contracultura

“Uma declaração de guerra é sempre assinada em coágulos de papel.” Há exatos 70 anos, 1 de setembro de 1939, o canhão de um navio alemão abria fogo contra a cidade portuária de Dantzig (Gdansk), no “corredor polonês”, iniciando a Segunda Guerra Mundial, a mais dramática e devastadora de todas.

Seis anos depois, após 70 milhões de mortos, o mundo em meio a escombros iniciava a sua recomposição sem conseguir, no entanto, soerguer as ruínas que insistiam em permanecer por dentro de cada um dos homens.

Pulverizando tanto a guerra quanto a paz, as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagazaki configuravam um mundo em constante prontidão contra a aniquilação total. Avisavam ainda às gerações subseqüentes que o avanço das Ciências impunha limites muito tênues entre sagrar e sangrar a ética, por sobre a qual firma-se a dignidade humana.

Foi sob esse espectro aterrorizante que nos primeiros anos de convalescença do pós-guerra, o mundo assistiu a configuração e a consolidação da bipolarização das relações internacionais, sendo o Bloco Capitalista liderado pelos Estados Unidos e o Bloco Socialista pela URSS.

Durante a guerra, países do Bloco Capitalista haviam se unido à URSS contra a agressão e o avanço nazi-fascista. Ao final do conflito, as características destas sociedades antagônicas, tanto na esfera sócio-econômica quanto ideológica, inclinaram-nas à ruptura que definiria o período que passaria a ser conhecido como Guerra Fria.

A expressão Guerra Fria foi inicialmente utilizada pelo comentarista político norte-americano, Walter Lippmann, para designar o choque de interesse, entre os dois Blocos. Guerra Fria porque jamais poderia permitir um choque frontal entre as duas superpotências detentoras de arsenais nucleares capazes de aniquilar – dezenas de vezes – o planeta inteiro.

Foram décadas marcadas por tenso jogo de emoções contidas, em que os EUA e a URSS, na adequada retaguarda, insuflavam seus aliados ao confronto político, militar, econômico e ideológico, em prol do controle de áreas satélites e estratégicas à consolidação do poder de um ou de outro.

São em épocas assim, marcadas por meias verdades e mentiras inteiras, que as estratégias publicitárias bombardeiam a fragilidade das certezas com sugestões que se tornam bombardeios de verdade. “Tantas armas, tão poucos cérebros. Quanto tempo será necessário à compreensão de que, mesmo numa luta a dois, quem ganha também perde?”

Não houve um ano sequer, entre 1948 e 1989 sem que conflitos armados ou perto disso eclodissem mundo afora. Três deles, a guerra da Coréia, a do Vietnã e a construção do muro de Berlim, com seqüelas atemporais e imorais, foram combatidos pelo “único bombardeio que fortalece a democracia: o de idéias”. A insensatez desse período de guerras não-abertas, para que a vida não se fechasse inteira, foi combatida pela mobilização de uma série mudanças no pensamento, agora, armado de palavras e sentido. (...)
 

Por Manoel Affonso de Mello.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009